quarta-feira, 30 de julho de 2014

Oi tudo bem? Eu tenho 40!




Percebi que fazemos um estardalhaço às vésperas do aniversário de 30 anos. Balzac dedicou uma obra inteira a ela: a mulher de 30. Nada falou sobre a mulher de 40.

Desculpe-me Balzac, mas trinta anos não são nada. Há ainda os 40!

Parecia-me que esse dia jamais chegaria. Sentia-o como aquelas coisas que quanto mais se avizinham mais nos parecem improváveis, mas ainda assim embaladas pelo nada melodioso som da inevitabilidade.

Decretei que jamais faria 40. Mas num piscar de olhos acordei no dia seguinte, olhei para meu marido e disse-lhe: “Oi, tudo bem? Eu tenho 40”.E cá estou eu. Uma mulher com seus 40 anos que incumbiu a si mesma um balanço sobre sua vida, sobre essa nova idade.

Não há como olhar para trás sem observar o caminho que percorremos. É justamente o que faço agora. 40 anos de vida, 40 anos de amizades, frustrações, aprendizados, amores, tristezas e alegrias.

Se a primeira angustia existiu, e confesso que ela me visitou sem ser convidada, já se dissipou e cedeu seu lugar à verdadeira satisfação de ter colecionado tantos momentos incríveis como também a uma insaciável vontade de continuar vivenciando tantos outros, sejam eles simples ou não, mas todos eles e cada um deles verdadeiramente únicos.

Alguns marcos de idade são realmente enigmáticos. Talvez o sejam porque são datas que comumente escolhemos (ou que permitimos que escolham por nós) para nos avaliar. E essa avaliação me faz perceber que inexiste um “peso” na idade que carregamos, mas há sim um vazio que aos poucos é  preenchido pelas inúmeras coleções de nossas experiência e sentimentos.

Obrigada vida por me permitir tanto e rogo para que possa ainda me esbaldar de ti.

Se, como disse, 30 anos não são nada, quarenta igualmente não são. Há ainda os 50, os 60, os 70, os 80 e todos aqueles que a vida nos reservar. Cada década, cada ano, cada momento com sua singularidade, importância e plenitude.


Bora viver! #partiupravida


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